Fornecimento de mudas nativas

O plantio de mudas nativas é uma das principais práticas de recomposição e recuperação ambiental, muito usada em áreas degradadas pela mineração, agricultura, obras de infraestrutura e desmatamento.

🔹 Objetivos do plantio de mudas nativas

1. Recuperação ecológica

   • Restabelecer a vegetação original (mata ciliar, cerrado, caatinga, floresta, etc.).

   • Favorecer a volta da fauna local, já que muitas espécies dependem dessas plantas para alimento e abrigo.

2. Proteção de recursos hídricos

   • Plantio em APPs (Áreas de Preservação Permanente) como margens de rios, nascentes e encostas para evitar erosão e assoreamento.

3. Cumprimento legal

   • Atender exigências do Código Florestal (Lei 12.651/2012), dos órgãos ambientais estaduais e federais (como o IBAMA e o ICMBio), além de condicionantes de licenciamento ambiental.

4. Serviços ecossistêmicos

   • Melhoria do microclima, sequestro de carbono, aumento da infiltração de água no solo e controle da erosão.

🔹 Etapas principais do plantio de mudas nativas

1. Planejamento e seleção de espécies

   • Escolher espécies regionais e adequadas ao bioma.

   • Diversificar espécies (pioneiras, secundárias, clímax) para acelerar a sucessão ecológica.

2. Preparo da área

   • Limpeza de resíduos, retirada de espécies invasoras e preparo do solo (aração, subsolagem, adubação de base, se necessário).

3. Abertura de covas

   • Normalmente com dimensões de 30 x 30 x 30 cm ou maiores, dependendo da espécie.

   • Correção do solo com adubo orgânico, calcário e fosfato natural, quando recomendado.

4. Plantio das mudas

   • Colocação da muda com cuidado para não danificar as raízes.

   • Reaterro com solo fértil e compactação leve.

5. Tratos culturais

   • Irrigação inicial (se necessário).

   • Controle de formigas cortadeiras e plantas competidoras.

   • Adubações de cobertura para estimular o crescimento.

6. Monitoramento e manutenção

   • Acompanhamento do índice de sobrevivência.

   • Reposição de mudas mortas (replantio).

   • Monitoramento até o fechamento do dossel (quando as copas se encontram e reduzem o crescimento de invasoras).

🔹 Exemplos de uso na mineração

• Recuperação de áreas de cava desativadas com espécies pioneiras e secundárias.

• Recomposição de mata ciliar em cursos d’água próximos à mina.

• Projetos de compensação florestal exigidos em licenciamento ambiental.