RESÍDUOS

Tipos de resíduos na mineração

1. Estéreis de mina

  • Material escavado sem valor econômico (rocha, solo).

  • Geralmente depositado em pilhas de estéril.

  • Impactos: ocupação de grandes áreas, erosão, poeira.

2. Rejeitos de beneficiamento

  • Fração descartada após a concentração do minério.

  • Composição varia: pode conter areia, argilas, sulfetos, metais pesados, cianeto (no caso do ouro).

  • Armazenados em barragens, pilhas secas ou sistemas de empilhamento drenado/filtrado.

3. Resíduos sólidos comuns

  • Restos de construção, embalagens, madeira, sucata metálica.

  • Gerados em apoio logístico e administrativo.

4. Resíduos perigosos

  • Óleos, graxas, filtros, solventes, pneus, baterias, lâmpadas, explosivos vencidos.

  • Devem seguir a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), com destinação específica.

5. Efluentes líquidos

  • Águas ácidas de mina (drenagem ácida de sulfetos).

  • Efluentes oleosos de oficinas e garagens.

  • Esgoto sanitário dos alojamentos.


📌 Principais impactos ambientais

  • Assoreamento de cursos d’água por erosão de estéreis e rejeitos.

  • Contaminação de solos e águas (metais pesados, cianeto, óleos).

  • Rompimento de barragens → impactos catastróficos.

  • Emissão de poeira em pilhas e estradas internas.

  • Risco à saúde de comunidades próximas.


📌 Gestão de resíduos na mineração

1. Planejamento

  • Elaboração do PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

  • Integração com o PGR – Plano de Gerenciamento de Rejeitos (Lei nº 14.066/2020).

  • Definição de áreas para estéril e rejeitos, considerando segurança geotécnica e licenciamento.

2. Minimização e reaproveitamento

  • Uso de tecnologias de empilhamento a seco de rejeitos.

  • Reaproveitamento de estéreis em obras civis, brita, pavimentação.

  • Reuso de água em circuito fechado.

  • Coprocessamento de resíduos perigosos (pneus, óleos, solventes).

3. Tratamento

  • Neutralização da drenagem ácida.

  • Estações de tratamento de efluentes (ETE/ETA).

  • Tratamento biológico para esgotos sanitários.

4. Disposição final

  • Barragens de rejeito, aterros industriais ou áreas licenciadas.

  • Seguindo critérios de segurança, monitoramento e estabilidade.


📌 Obrigações legais

  • Lei nº 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos.

  • Lei nº 14.066/2020 – Política Nacional de Segurança de Barragens.

  • Normas da ANM – Resoluções sobre PGR e segurança de barragens.

  • Resoluções CONAMA (307/2002, 430/2011, entre outras).

  • Necessidade de licenciamento ambiental incluindo a destinação dos resíduos.


📌 Tendências modernas

  • Substituição de barragens por empilhamento filtrado/seco.

  • Valorização de resíduos como coprodutos (areias de mineração usadas na construção civil, recuperação de metais em rejeitos).

  • Economia circular aplicada à mineração.

  • Monitoramento em tempo real de barragens e pilhas.


Em resumo:
Na mineração, os resíduos vão muito além do lixo comum: incluem estéreis, rejeitos, efluentes e perigosos. O gerenciamento exige planejamento, reaproveitamento, tratamento e disposição final adequada, sob rígida fiscalização da ANM e dos órgãos ambientais, sendo um dos pontos mais críticos do licenciamento e da judicialização do setor.

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